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Blog – Palavra de especialista
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Toxina botulínica: o que você precisa saber sobre ela

As aplicações do Botox vão bem além das rugas!
Toxina botulínica: o que você precisa saber sobre ela

Ao falar em Botox (ou toxina botulínica), muita gente já pensa de cara em rugas e
linhas de expressão. Isso era realidade nos anos 1990 e 2000, mas hoje, mais do
que isso, ele é uma ótima ferramenta de rejuvenescimento e embelezamento.

Ele pode ser usado para desenhar sobrancelhas, elevar o olhar e tratar a face toda
como um conjunto. Também pode ser um tratamento para outros problemas
dermatológicos, como o excesso de poros, rosácea, acne e excesso de suor.

Porém, com a popularização da substância, muita gente tem aplicado a toxina sem
o devido conhecimento. Para obter os melhores resultados possíveis, é preciso
analisar a musculatura do rosto como um todo e encarar a aplicação como
preventiva e regular.

A importância da sinergia dos músculos

Os músculos atuam em sinergia, e essa sinergia influencia muito no processo de
envelhecimento. Quando tratamos o platisma, que é o principal músculo depressor
da face, precisamos incluir também o músculo depressor do ângulo oral.

Parece complicado, mas o importante é saber que envelhecer significa ficar com
esses dois músculos mais fortes. Além disso, eles atuam como antagonistas ao
músculo frontal, que é o grande responsável por elevar a face. Assim, quando estão
fortes, ficam “puxando” o rosto para baixo.

Esses músculos precisam ser enfraquecidos para elevar o rosto. Ou seja, melhor do
que aplicar o botox em pontos isolados, é importante levar esses três músculos em
consideração. E aqui, mais uma vez, fica clara a importância do conhecimento
anatômico profundo.

É que o músculo frontal tem uma parte elevadora e uma depressora. A aplicação
errada pode ter o efeito oposto, e provocar a queda do olhar.

De quanto em quanto tempo aplicar o botox

Mesmo em pacientes jovens, é interessante aplicar o botox 2 vezes ao ano, para ir
atenuando o processo de envelhecimento. Conforme o tempo passa, vamos ficando
mais assimétricos e apresentando queda nos músculos, e a aplicação regular faz
com que isso ocorra de maneira mais atenuada.

Outra dúvida comum dos pacientes é em relação à duração do botox: o tempo total
varia de acordo com fatores individuais e a técnica usada pelo profissional, mas, em
geral, são de 4 a 6 meses. Ao longo dos anos, nas pessoas que aplicam
periodicamente, o músculo se acostuma a ficar mais fraco e “relaxado”, o que
diminui a intensidade de contração e prolonga a duração.

Lembrando que a precisão da dose, da camada e da profundidade da aplicação vão
fazer com que a toxina dure mais e apresente resultados melhores.

É possível criar resistência ao botox?

Existem teorias para explicar porque, em alguns indivíduos, a duração da toxina
diminui ao longo do tempo. Esse mecanismo não foi totalmente esclarecido. Uma
das teorias é a de que pode haver resistência, uma vez que o botox é uma toxina e,
portanto, gera a produção de anticorpos como defesa do corpo.

Porém, os estudos mostram que esses casos são raros. Na maioria dos casos, ele
dura menos porque o músculo da pessoa é mais forte ou porque ela produz mais
receptores que normalmente são bloqueados pela toxina. É como se o corpo
aprendesse a driblar o botox e mandar o músculo se contrair.

Para evitar a resistência, o ideal é aguardar entre 4 e 6 meses antes de reaplicar.
Também é importante dizer que nem sempre o botox “parou de fazer efeito”. O que
ocorre é que a pessoa se acostuma com o músculo quase totalmente parado e,
quando ele volta aos poucos, traz a impressão de que parou de funcionar.

Daí a importância de acompanhar de perto o tratamento com um médico
dermatologista.


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